
A Magnífica ataca novamente
Mais jovem do que nunca, mais atual e sexy do que sempre foi, ela, a nossa transmissão 24 horas, vem mais uma vez com a força que lhe é devida pra acabar com qualquer suspeita de vagabundagem dentro e fora do ciberespaço.
Mesmo depois de muito tempo sem aparecer (mas fazendo tantas outras coisas), ela ainda é a principal razão de tantos cochichos nos corredores e nas imensidões do mundo. Ou melhor dizendo, dos mundos. Mesmo depois de ser acusada de vadiagem, ela continua mais esperta do que nunca. Mesmo depois de pensarem que ela poderia ser uma péssima influência para o juízo de qualquer jovem ou criança, ela mostra com maestria como se volta a ativa.
Mais jovem do que nunca, mais atual e sexy do que sempre foi, ela também, a nossa transmissão 24 horas, vem mais uma vez com a força que lhe é devida – agora, de qualquer lugar do mundo - pra acabar com qualquer suspeita de vagabundagem dentro e fora do ciberespaço. E antes que você possa se perguntar “OH! Eles voltaram pra ficar?”, nós enchemos o peito para dizer que voltamos, mas continuamos, como temos uma famosa caricatura, uma band dessiné, para ajudar no grito.
A Bettt Boop nos escolheu e nao ao contrário.Ela é o desenho animado que enfrenta os velhos homens solitários das montanhas, cadeados sem chave nas casas, fantasmas do passado, jogos de xadrez perversos, canibais famintos por carne humana inteleigente, reis infelizes com crises ciumentas.Ela decidiu ficar, no tempo. Também se sentiu à vonte para pensar que, ao nosso lado, estaria. Prefeiru estar no nosso espaço, Mag, do que em qualquer outro lugar por aí.
Não temos medo das misturas reais ou imaginárias que os universos ,tanto físicos como criado, nos sugerem. E é assim que continuamos a caminhar, às vezes certos na contra-mão. Mas qual é mão certa: a que bate ou a que acaricia?, como sugere a canção. Preferimos a caricia, sempre, perdoem-nos. De paz, somos feitos. Sempre, mesmo quando atacamos ou somos atacados. Não faz diferença.Somos pela criação solidária e, se der, libertária, o tempo todo.Somos humanos, temos nossas fragilidades e belezas.
Estamos na contra-mão, do autoritarismo.Todos eles: político, teórico,fisico,mental,corporal,simbólico,pedagógico, urbanistico,agrícola e, com mais atenção, nas relações homem-e-mulher, mulher-mulher, homem-homem.Mulher-natureza-homem.Entre você e nós. Na mistura dos espaços, na provocação das práticas. E, cada que ouvir um boato de que estamos sumidos, não creia.
Voltamos sempre, porque sempre estivemos no mesmo lugar: numa salinha, no campus II, nos movimentos sociais populares, nos cerrados, montanha, à margem ou no reboliço. E agora, veja, no ciberespaço.Não estivemos por aí, fizemos tantas outras coisas.Tantas,aquie acolá, mundo afora.Sempre como coletivo, porque acreditamos na vida, no jornalismo, na comunicação compartilhados. Para valer.
Assim, somos pela rebelião como somos pela reformas: agrária - e o movimento dos trabalhadores sem terra - e urbana, pelos sem teto e quilombolas urbanos e rurais. Pelos que vivem na rua e contra qualquer indiferença coletiva. Ao mesmo tempo, somos contra este tipo de utilização irresponsável dos cerrados ( da floresta, dos pampas e da caatinga ), porque burra e pedratória- o agronegócio; contra a Monsanto e o uso sem controle, e conivente do estado brasileiros ,dos transgênicos.
Como os povos originários, desconfiamos da possibilidade dessas sementes, na sua vertente quase-estérea, vir a ser suicida e entrar na cadeia viva da natureza. Não somos e nunca fomos ingênuos. Queremos nos cerrados mais que água,energia e alimentos. Queremos luz, gente, povos, festa, trabalho( que não seja para outros ) e pão.
Andamos tanto que, agora, decidimos ocupar o ciberespaço, como nossa moradia e esfera de intervenção - organizada e coletiva- politica e de livre circulação de bens culturais, informação e conhecimentos outros, sobretudo o que brota da cultura e dos circuitos populares. Dentro e fora da universidade.
Algo sem controle,organizados, anárquicos e prontos para esta ação comunicativa sem limites geográficos, no planeta, rumo à (plena) dos bens e sonhos compartilhados. Somos ou nao somos um dibujo animado, em quadrinhos livres?
Coletivo Magnifica Mundi
Fonte: Magnifica Mundi